Irmãos e irmãs jufristas, fiquemos antenados ao novo tempo que a Igreja nos propõe. Eis que hoje, quarta-feria de Cinzas, iniciamos o tempo quaresmal.

Jejuar... Dar esmola... Orar...

Essas palavras têm ainda hoje alguma atualidade e atrativo?... Poderão ainda motivar alguém, sobretudo a juventude, para alguma iniciativa a respeito da própria vida, da vida da humanidade, da vida espiritual?...Talvez seja apenas questão de entender o espírito da coisa e encontrar os termos de hoje para dizer coisas que continuam sendo importantes, e o serão sempre:

• Disciplinar-se na satisfação dos próprios instintos, no contexto dos apelos consumistas cada vez mais invasivos e insistentes, terá alguma coisa ver com a saúde física, mental e ambiental, das pessoas e do planeta?... É disso que se trata, quando os antigos falam “jejuar”... O que importa é cada um encontrar o seu “método” de vida...

• Ser solidário com as pessoas e com o planeta, abraçando as grandes causas da justiça e do meio ambiente, sem esquecer as oportunidades do cotidiano, quando te batem à porta... Faz algum sentido?... É disso que se trata, quando os antigos falam “dar esmola”... E há tanto o que cuidar!

• Abrir-se para o Mistério, permitir essa sintonia fina com o Grande Outro, com “fome e sede da Justiça”, acolhendo “os sinais dos tempos” como apelos de Deus... É algo que tem a ver com você?... É disso que se trata quando os antigos falam em “oração”... Perda de tempo ou urgência profunda?...A celebração desta Quarta-feira de Cinzas, passados os dias da brincadeira e da descontração, vale como um “Grito”, um alerta. É um convite de JESUS a assumir essas três práticas tradicionais, como jeito sério e eficaz de caminhar para a Páscoa, no seguimento d’Ele, em demanda da Vida Nova e da Terra prometida! Vamos lá?

Texto do Pe. Reginaldo Veloso