Quarta-feira Santa: A traição de Judas | #SemanaSanta2020
“O Filho do Homem vai morrer, conforme diz a
Escritura a respeito dele. Contudo, ai daquele que o trair” (Mt. 26, 24).
Esta
semana, lembramos de um dos momentos mais importantes para o cristianismo: a morte
e ressureição de Jesus Cristo. É um momento que se inicia na Quarta-feira de
cinzas com a Quaresma e se estende até o Domingo de Páscoa. Esse período de
Quaresma é de muita introspecção e conversão, onde refletimos sobre nossas
atitudes, mantemos o respeito ao próximo e o contato constante com Deus.
Assim,
chegamos hoje à Quarta-Feira Santa, onde recordamos o momento em que Jesus
comunica para os doze que será traído. É nesse dia que se encerra o período de
Quaresma. Segundo o Evangelho do dia que é de Mateus 26, 14-25, Jesus pede para
os discípulos irem à cidade e procurarem um certo homem e dizer-lhe que: “O Mestre manda dizer: o meu tempo está
próximo, vou celebrar a Páscoa em tua casa, junto com meus discípulos”.
Nesta
ocasião, Jesus já sabia que seria traído e Judas (o traidor) já havia negociado
com os sumos sacerdotes a entrega de Jesus e aguardava uma oportunidade para
assim o fazer. Durante a celebração da Páscoa, Jesus afirma que um dos doze irá
traí-lo. Nisto, os discípulos ficaram tristes e começaram a se perguntar: “Senhor, será que sou eu?” Jesus, no
entanto, já sabia quem era o traidor, mas mesmo assim não agiu com maldade,
pois sabia que essa era a vontade do Pai.
Com
este exemplo, nós cristãos, muitas das vezes nos questionamos sobre a vontade de
Deus, nosso Pai e Criador. “Por que eu não consigo um emprego?”, “por que eu
perdi um ente querido?” E outras infinidades de “porquês” que abalam nossa fé e
prejudicam nossa saúde mental.
Nesta
Semana Santa que difere de todas as outras, somos convidados a refletir (em
casa) sobre os caminhos de Jesus, suas atitudes e palavras diante de seus
inimigos, assim como São Francisco fez quando começou a ler as sagradas
escrituras e ao se deparar com a cruz de São Damião. E tudo isto servem para
nós como ensinamentos. Neste dia, algumas igrejas celebram a piedosa procissão
do encontro de Nosso Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores, acontecendo
entre o doloroso encontro entre Mãe e Filho.
Neste
momento de isolamento e/ou distanciamento social, onde buscamos “juntos”
combater o COVID-19, é o momento de nos conectarmos com Deus, este é o nosso
jejum e sacrifício, é o nosso momento de purificação. Em casa, rezemos pelas
populações marginalizadas, por trabalhadores que continuam a trabalhar, por
nosso Planeta que sofre. Rezemos por nossas famílias, pelos que encontram-se em
risco. É o momento de clamarmos a Deus, assim como o Salmo (68/69) do dia diz: “Humildes vede isto e alegrai-vos:/ o vosso
coração reviverá, se procurardes o Senhor continuamente! Pois nosso Deus atende
à prece dos seus pobres, e não despreza o clamor de seus cativos.”
Carolina
Gama Rêgo, Sec. de AE – Regional Norte III.
Amanda
Corrêa Rocha, Sec. de AE – Regional Sul III
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