A mão de Deus nos une e liberta
O
que é a SOUC?
É a Semana de Oração pela
Unidade Cristã (SOUC), promovida mundialmente pelo Pontifício Conselho para a
Promoção da Unidade dos Cristãos e pelo Conselho Mundial de Igrejas. No
hemisfério Sul, as Igrejas geralmente celebram a Semana de Oração no período de
Pentecostes, que também é um momento simbólico para a unidade da Igreja.
No Brasil, o Conselho
Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC) lidera e coordena as iniciativas para a
celebração da Semana em diversos estados. Neste ano o tema é inspirado no livro
do Êxodo: "A mão de Deus nos une e
liberta". E traz em seu cartaz pessoas em barcos que simbolizam,
sobretudo nesses tempos de crise migratória, pessoas refugiadas que vivem cada
vez mais à deriva dos poderes constituídos.
A arte alude, por um lado,
que muitas dessas pessoas refugiadas contam com a "mão" de Deus que,
de uma forma ou de outra, os ampara. É também a mão de Deus, presente em águas
revoltas, que nos movimenta a agirmos em favor de uma humanidade que não se
conforma com a violação dos direitos humanos e da dignidade de irmãos e irmãs
de diferentes culturas e etnias.
O barco, símbolo do movimento ecumênico,
também remete à comunidade cristã, que tem como desafio navegar,
ecumenicamente, rumo à unidade. Entretanto, essa unidade almejada apenas será
concreta se todas as pessoas tiverem acesso à justiça, o direito de viver em
seus territórios de origem e o direito de viver sua cultura e espiritualidade.
Texto adaptado, verificar publicação integral
(https://www.conic.org.br/portal/semana-de-oracao)
Recebemos
a belíssima contribuição do Regional Nordeste A1 (Maranhão) que preparou um
encontro (BAIXE AQUI) para entrarmos em sintonia e oração pela unidade dos
Cristãos.
Semana
da Oração pela Unidade dos Cristãos
Tema: “A mão de Deus nos une e nos liberta” – (Ex. 15,
1-21)
Ambientação: Bíblia no
centro da ornamentação, flores coloridas representando a diversidade ecumênica,
imagens ou cartazes que represente denominações cristãs, Cartaz da SOUC 2018,
correntes representando a escravidão, folhas ou galhos, velas, crucifixo. (A
ornamentação pode ser adaptada conforme realidade da fraternidade)
Acolhida: Recepção fraterna
e saudações de Paz e Bem, pedir que todos entrem em silêncio, o ambiente deve
estar com pouca luz e velas acesas. Convidar os irmãos a ficarem de joelhos e
formar uma corrente humana e rezar pela Unidade dos Cristãos.
Introdução
ANIMADOR: Hoje
os cristãos caribenhos de diferentes tradições veem a mão de Deus agindo para
terminar com a escravidão. É uma experiência de união em torno da ação
salvadora de Deus que leva à liberdade. Como os israelitas, os povos do Caribe
têm uma canção de vitória e liberdade para cantar e é um canto que os une. No entanto,
desafios contemporâneos de novo ameaçam escravizar e de novo ameaçam a
dignidade do ser humano criado à imagem e semelhança de Deus. Embora a
dignidade humana seja inalienável, ela fica frequentemente obscurecida tanto
por pecados pessoais como por estruturas sociais pecaminosas.
LEITOR
1:
Em nosso mundo decaído, as relações sociais muitas vezes não têm a justiça e a
compaixão que honram a dignidade humana. Pobreza, violência, injustiça, o vício
das drogas e da pornografia e a dor, o desgosto e a angústia gerados por tudo
isso são experiências que distorcem a dignidade humana.
TODOS/AS: A mão direita de
Deus, que tirou o povo da escravidão, deu contínua esperança e coragem aos
israelitas, assim como continua a trazer esperança aos cristãos do Caribe.
LEITOR
2: Eles não são vítimas de circunstâncias fora de controle. Testemunhando essa
esperança comum, as Igrejas estão trabalhando juntas para prestar serviço a
todos os povos da região, mas particularmente aos mais vulneráveis e
negligenciados. É o que vemos nas palavras do hino: “a mão direita de Deus está
semeando em nossa terra, plantando sementes de liberdade, esperança e amor”.
Obs.: Dividir os irmãos em
dois grupos de discussão, em seguida reflexão relacionando os dois textos
abaixo com o tema, o ecumenismo e a realidade do povo caribenho.
Magistério da Igreja:
“Por «movimento
ecumênico» entendem-se as atividades e iniciativas, que são suscitadas e
ordenadas, segundo as várias necessidades da Igreja e oportunidades dos tempos,
no sentido de favorecer a unidade dos cristãos. Tais são: primeiro, todos os
esforços para eliminar palavras, juízos e ações que, segundo a equidade e a
verdade, não correspondem à condição dos irmãos separados e, por isso, tornam
mais difíceis as relações com eles; depois, o «diálogo» estabelecido entre
peritos competentes, em reuniões de cristãos das diversas Igrejas em
Comunidades, organizadas em espírito religioso, em que cada qual explica mais
profundamente a doutrina da sua Comunhão e apresenta com clareza as suas
características. Com este diálogo, todos adquirem um conhecimento mais
verdadeiro e um apreço mais justo da doutrina e da vida de cada Comunhão. Então
estas Comunhões conseguem também uma mais ampla colaboração em certas
obrigações que a consciência cristã exige em vista do bem comum. E onde for
possível, reúnem-se em oração unânime. Enfim, todos examinam a sua fidelidade à
vontade de Cristo acerca da Igreja e, na medida da necessidade, levam
vigorosamente por diante o trabalho de renovação e de reforma.” (Decreto
Unitatis Redintegratio, Concílio
Vaticano II)
Texto bíblico (Êxodo 15, 1-21)
Então Moisés cantou com os filhos de Israel este cântico ao
Senhor. Disseram:
“Quero cantar ao Senhor, ele se sobreexaltou!
Cavalo e cavaleiro precipitou no mar. Minha força e meu canto é o Senhor. Para
mim ele foi salvação. É ele o meu Deus, eu o louvarei, o Deus de meu pai, eu o
exaltarei. O Senhor é um guerreiro. Seu nome é o Senhor.
Carros e forças do faraó no mar os
precipitou. A flor de seus escudeiros no mar dos juncos pereceu. Os abismos os
recobrem. Desceram, qual pedra, ao fundo. A tua destra, Senhor, esplendorosa de
poder, a tua destra, Senhor, esmaga o inimigo. Com soberana grandeza abates os
teus adversários. A chama do teu furor os devora como restolho. Ao sopro de
tuas narinas, as águas se amontoaram, as ondas se ergueram como um dique, os abismos
coalharam no meio do mar. O inimigo dizia: Eu persigo e aprisiono, reparto os
despojos e com eles sacio meu apetite. Desembainho a espada. Minha mão os
despoja. Fizeste soprar teu vento, o mar os recobriu. Afundaram como chumbo nas
águas gloriosas.
Quem é como tu entre os deuses, Senhor? Quem
é como tu, esplendoroso em santidade, temível nos seus feitos, realizador de
maravilhas? Estendeste a tua destra, a terra os tragou.
Com tua fidelidade conduziste o povo que
reivindicaste. Com tua força o guiaste para a tua santa morada. Os povos
ouviram e se apavoraram. O temor se apoderou dos habitantes da Filistéia. Então
ficaram apavorados os chefes de Edom. Tremor tomou conta dos príncipes de Moab.
Todos os habitantes de Canaã estão abalados. Terror e pavor caem sobre eles.
Sob o poder de teu braço eles se calam, petrificados, enquanto passa o teu
povo, Senhor, enquanto passa o povo que adquiriste. Tu o fazes entrar e o
plantas sobre a montanha que é teu patrimônio. Preparaste, Senhor, um lugar
para que nele habites. Tuas mãos fundaram um santuário, ó Senhor. O Senhor
reina para todo o sempre”!
A cavalaria de Faraó tinha penetrado no mar,
com seus carros e cavaleiros, e o Senhor fizera recuar sobre eles as águas do
mar; os filhos de Israel, porém, haviam andado a pé enxuto no meio do mar.
A profetisa Míriam, irmã de Aarão, pegou o
tamborim. As mulheres todas a seguiram, dançando e tocando os tamborins. E
Miriam entoou este canto: “Cantai ao Senhor. Soberba é sua exaltação. Cavalo e
cavaleiro precipitou no mar”.
Tradução
ecumênica de Biblia (TEB)
Reflexão
1 – Como podemos relacionar os temas abordados nos textos com o
ecumenismo e a realidade do povo caribenho?
2 – Podemos ter uma igreja unida a todas as manifestações cristãs
sem que haja barreiras e escravidão?
3 – Enquanto Juventude Franciscana, estamos abertos para o diálogo
ecumênico e até mesmo o inter-religioso?
4 – Quais passos e ações nossa fraternidade pode dar nesse sentido
da caminhada?
Final
Oração pelo
povo:
D: Dando graças por nossa libertação da escravidão ao
pecado, coloquemos nossas necessidades diante do Senhor, pedindo-lhe que quebre
as cadeias que nos escravizam e que, em vez disso, nos una com os laços do amor
e da comunhão.
Cada intercessão é proclamada por um leitor diferente. Ao terminar, cada
um dos leitores une suas mãos ou braços com membros da assembléia, formando
assim uma corrente humana.
L1: Deus do Êxodo, conduziste teu povo
pelas águas do Mar Vermelho e os redimiste. Fica conosco agora e liberta-nos de
todas as formas de escravidão e de tudo que obscurece a dignidade humana.
T: Coloca tuas mãos sobre nós, ó Senhor, para que possamos viver.
L2: Deus de toda fartura, em tua bondade
cuidas de todas as nossas necessidades. Fica conosco agora, ajuda-nos a estar
acima do egoísmo e ambição e dá-nos a coragem de sermos agentes de justiça no
mundo.
T: Coloca tuas mãos sobre nós, ó Senhor, para que possamos viver.
L3: Deus de amor, nos criaste à tua imagem
e nos redimiste em Cristo. Fica conosco agora, capacita-nos para amar nosso
próximo e acolher o migrante.
T: Coloca tuas mãos sobre nós, ó Senhor, para que possamos viver.
L4: Deus da paz, permaneces fiel à tua
aliança conosco, mesmo quando ficamos distantes de ti, e em Cristo nos
reconciliaste contigo. Fica conosco agora e coloca um novo espírito e um novo
coração em nós, para que possamos rejeitar a violência e, por outro lado, ser
servidores da tua paz.
T: Coloca tuas mãos sobre nós, ó Senhor, para que possamos viver.
L5: Deus da glória, és todo poderoso, mas ainda assim,
em Jesus, escolheste ter um lar numa família humana, e nas águas do Batismo nos
adotaste como teus filhos. Fica conosco agora e ajuda-nos a permanecermos fiéis
a nossos compromissos familiares e nossas responsabilidades comunitárias e a
fortalecer os laços de comunhão com nossos irmãos e irmãs em Cristo.
T: Coloca tuas mãos sobre nós, ó Senhor, para que possamos viver.
L6: Deus, Uno em três Pessoas, em Cristo
nos fizeste UM contigo e uns com os outros. Fica conosco agora e pelo poder e consolação
do Espírito Santo, liberta-nos do auto-centrismo, da arrogância e do medo que
nos impedem de trabalhar intensamente pela unidade visível da tua Igreja.
T: Coloca tuas mãos sobre nós, ó Senhor, para que possamos viver.
Que seja um, é um que eu quero mais
Que seja um, é um que eu quero mais (2x)
O Meu
amor é o que nos torna capazes.
Sem medo algum se amem mais
Sem medo algum se amem mais (2x)
O Meu
espírito é quem age e faz
Oração final
Senhor,
humildemente
pedimos que, por tua graça, as Igrejas do mundo inteiro possam se tornar instrumentos
da tua paz. Através de sua ação conjunta como representantes e agentes da tua
cura, na reconciliação do amor entre povos divididos, possa teu nome ser
santificado e glorificado. Amém.
A mão direita de Deus está semeando em nossa terra, plantando
sementes de liberdade, esperança e amor. Nessas terras de tantos povos, que
todos os seus filhos juntem as mãos
e sejam UM com a mão direita de Deus.
e sejam UM com a mão direita de Deus.
Pai Nosso...
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