Nesta Quinta-Feira Santa, a Igreja celebra a consagração dos santos óleos e a celebração da ceia do senhor ou como é popularmente conhecida, a missa de Lava Pés. Esta celebração é uma das mais bonitas de toda a vida de Jesus, pois retrata a humildade de Jesus Cristo em lavar os pés dos seus discípulos durante a ceia. Neste dia, começa o Tríduo Pascal, a preparação para a Páscoa do senhor, onde somos convidados a relembrar e refletir sobre o mistério da morte e ressurreição de Cristo.
Jesus, ciente de tudo que já estava predestinado a acontecer, sabia que iria ser traído por um dos seus e sabia que sua hora já estava próxima. Por isso, como narra o Evangelho de São João 13, 1-15: 3Jesus, sabendo que o Pai tinha colocado tudo em suas mãos e que de Deus tinha saído e para Deus voltava, 4levantou-se da mesa, tirou o manto, pegou a toalha e amarrou-a na cintura.” E em seguida, Jesus lavou os pés de cada um presente ali naquela mesa.
Simão Pedro, porém, não entendendo o que seu Mestre fazia não queria deixar Jesus lavar seus pés, mas Jesus disse que se Ele não lavasse, Pedro não teria parte com Ele. Foi aí então que Pedro ofereceu não só os pés, mas as mãos e a cabeça. Jesus, no entanto, disse que: “Quem já se banhou não precisa lavar senão os pés, porque já está todo limpo. Também vós estais limpos, mas não todos.” Jesus já sabia quem iria O trair por isso disse “não todos”.
Após lavar os pés, jesus indaga com os discípulos sobre o que acabara de fazer e conclui dizendo: 13Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, pois eu o sou. 14Portanto, se eu, o Senhor e Mestre vos laveis os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. 15Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz.” Assim, Jesus em seu gesto de lavar os pés dos discípulos nos ensina a fazermos de nossas vidas uma oblação, buscando levar o amor e a palavra de cristo para nossos irmãos necessitados. Do mesmo modo, São Francisco também nos ensina que devemos ser servos e construtores de uma sociedade mais justa, buscando doar nosso serviço aos irmãos mais necessitados e excluídos.
Recentemente, o Papa Francisco comoveu-se com uma imagem que mostrava as condições dos moradores de rua diante da calamidade que o mundo enfrenta contra o coronavírus e, em decorrência disto dedicou suas orações aos moradores de ruas, os desabrigados, os sem-teto. Diante da nossa atual realidade, onde o mundo enfrenta o COVID-19 – um vírus que não escolhe cor, classe social ou gênero e que pode ser letal – as pessoas, por recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) passaram a se isolar em casa para evitar a contaminação e proliferação do vírus, porém nem todos tem um lar, um abrigo para se refugiar. E nosso Papa ora e intercede por eles.

Assim, os moradores de rua, a população que vive nas periferias e os povos indígenas, dentro da população brasileira estão dentro do grupo mais vulnerável para enfrentar a infecção pelo COVID – 19. Criatividade e coragem são essenciais para a ação missionária e evangelizadora nesse período de combate a pandemia. Portanto, como jovens de fé, devemos levar esperança e perseverança para nossos irmãos “Agora, portanto, permanecem estas três coisas: a fé, a esperança e o amor. A maior delas, porém, é o amor” (cf. I Cor13,13).


Carolina Gama Rêgo, séc. de AE para o Regional Norte III
Graciele Silva Correia, Séc. Fraterna da fraternidade Pe. Zózimo – Regional Norte I