Neste dia, é preciso nos submeter a um “silêncio interior” aliado ao jejum e à abstinência de carne. Deve ser um dia de meditação, de contemplação do amor de Deus, que nos “deu o Seu Filho único para que quem nele crer e não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16).
Sexta-feira Santa, celebramos a Paixão e Morte de Jesus, o silêncio, o jejum e a oração devem marcar este momento. Ao contrário do que muitos pensam a Paixão não deve ser vivida em clima de luto, mas de profundo respeito e meditação diante da morte do Senhor, que, ao morrer, foi vitorioso e trouxe a salvação para todos, ressurgindo para a vida eterna.
Uma prática de piedade valiosa é meditar a dolorosa Paixão do Senhor, juntos vamos sentir o sofrimento de Jesus no percurso sagrado até o calvário, isso nos leva ao sofrimento em que a sociedade passa nos dias atuais por uma PANDEMIA que é lastimável.
Nesse sentido, que nos leva a São Francisco de Assis ao receber os estigmas de Cristo, as chagas expressam uma vivência concreta do amor que deixa marcas. O exemplo de Cristo, Francisco quis suportar e carregar e amar os irmãos para além do bem e de todo mal (amor incondicional). Essa atitude o levou a respeitar e acolher o ‘negativo’ dos outros mantendo a fraternidade apesar das divisões.
Esse acolher e integrar o negativo da vida é a única forma de vencer, a autosuficiência, aniquilando o mal na própria carne. Só assim, o homem é de fato livre, porque não apenas suporta, mas ama e abraça o negativo que está em si e nos outros.
Francisco supera a sua grande “tentação”. Aquele gesto que fizera diante de seus pais e o bispo, onde se despojou para dar o primeiro passo, agora no Alverne ele é capaz de novamente entregar-se confiantemente a Deus sua vida e da sua Ordem. No Alverne Francisco alcança o cume de sua paixão. Assim como Cristo está no monte Calvário sendo crucificado, agora Francisco também num Monte sofrendo as mesmas dores. Francisco realmente é outro Cristo. Ele é o servo crucificado do Senhor Crucificado.
Na Sexta-feira Santa vamos rezar por aqueles que sofrem no tempo da pandemia, isto é, por todos aqueles que padecem as consequências da crise atual, que o Senhor Jesus eleve ao Pai e conceda saúde aos doentes, força aos profissionais da saúde, conforto às famílias e salvação a todas as vítimas que faleceram.

FRATERNALMENTE,
CARINA ANDREZA PEREIRA DO LIVRAMENTO,
SECRETÁRIA REGIONAL DE AÇÃO EVANGELIZADORA  REGIONAL JUFRA NE A2 CE/PI
FRATERNIDADE N. SR.ª DOS ANJOS, PIRIPIRI/PI